O uso de cannabis medicinal para o tratamento da doença de Parkinson vem sendo alvo de estudos que apontam que a substância pode melhorar diversos sintomas da doença. Porém, ainda são poucas as pesquisas com grandes grupos de participantes, o que dificulta a confirmação de que a cannabis é de fato a responsável pela melhoria dos quadros.
O assunto foi debatido no 24° Congresso Brasileiro de Geriatria e Gerontologia, que é o maior da América Latina e responsável por debater assuntos que tem correlação com o envelhecimento e a longevidade.


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Segundo a Folha de S. Paulo, um dos estudos apresentados para entender o uso de cannabis medicinal no tratamento da doença foi feito no Brasil e conduzido pelo especialista em psicogeriatria Marcos Hortes, que também leciona na faculdade de Medicina da USP.
“O que constatamos foi uma melhora no bem-estar emocional, juntamente com a diminuição do tremor”, contou Hortes.
O especialista afirma que a escala de qualidade de vida específica para pacientes com Parkinson leva em conta o bem-estar emocional como um pilar bastante importante para o tratamento. O estudo também mostrou que habilidades motoras, paladar e sono não apresentaram melhoras significativas após o uso da cannabis medicinal.
Ao analisar a ansiedade, sintoma comum entre os pacientes, observou-se que uma dose de canabidiol proporcionou melhoras no quadro, reduzindo os tremores associados à ansiedade e observados a partir de um acelerômetro.
Quadros de psicose, alucinações e delírios são amenizados com o uso da cannabis medicinal. Mesmo com alguns resultados positivos, a susbstância ainda é tratada como uma alternativa, sendo o último recurso quando os tratamentos convencionais não apresentam eficiência.
“Os ensaios clínicos bem-feitos que temos ainda são pequenos. E a maioria dos estudos não é controlada por placebo”, afirma o médico.
Fonte: Bahia News