Início de Alzheimer? Veja mudanças de hábitos que podem retardar a doença

No Brasil, estima-se que a demência atinge hoje cerca de 1,76 milhão de idosos, mas 8 em cada 10 pessoas desse grupo não sabem que têm a condição

Muitas pessoas temem os declínios físicos e cognitivos associados ao envelhecimento – e com toda razão. No entanto, um novo estudo sugere que uma combinação de hábitos de estilo de vida pode melhorar a função cerebral de quem já apresenta sinais da doença de Alzheimer – o tipo mais comum de demência, que prejudica a memória, a velocidade de raciocínio e o bem-estar geral.

Quase 7 milhões de americanos vivem com Alzheimer e, embora tratamentos medicamentosos para a doença estejam em processo de aprovação, as pessoas estão ansiosas para encontrar maneiras de assumir o controle da saúde do cérebro. (No Brasil, estima-se que a demência atinge hoje cerca de 1,76 milhão de idosos, mas 8 em cada 10 pessoas desse grupo não sabem que têm a condição).

O estudo, publicado no periódico Alzheimer’s Research & Therapy, constatou que cinco meses de dieta vegana com alimentos integrais, caminhadas regulares, contato com outras pessoas, ingestão de suplementos de nutrientes e minerais e adesão a uma série de práticas de redução do estresse melhoraram a função cognitiva de adultos mais velhos com sinais iniciais de Alzheimer, em comparação com adultos que não mudaram seus hábitos.

“Estou cautelosamente otimista e bastante encorajado por essas descobertas, que podem dar a muitas pessoas uma nova esperança e novas escolhas”, disse, em comunicado à imprensa, Dean Ornish, que liderou o estudo e é o fundador e presidente do Preventive Medicine Research Institute, uma organização sem fins lucrativos. “Ainda não temos uma cura para a doença de Alzheimer, mas, com a comunidade científica sempre buscando todos os caminhos para identificar possíveis tratamentos, agora podemos oferecer uma qualidade de vida melhor para muitas pessoas que sofrem dessa doença terrível”.

Pesquisas anteriores endossam o poder da conexão com outras pessoas para manter o cérebro afiado e engajado, especialmente porque o isolamento social está associado a um risco 50% maior de demência, de acordo com o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos.

De maneira similar, os exercícios melhoram o fluxo sanguíneo para o cérebro, e uma dieta anti-inflamatória e a limitação de alimentos processados reduzem o risco de inflamação e diabetes, que aumentam o risco de demência e Alzheimer.

A deficiência de vitaminas essenciais, como a B12, também está associada a sinais de demência. Além disso, a redução do estresse por meio da prática da atenção plena e do relaxamento pode acalmar o corpo, manter o cérebro concentrado e melhorar a memória e a resiliência emocional.

 

 

 

Fonte: Tribuna da Bahia

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