O Dia da Incontinência Urinária, celebrado na última sexta-feira (14), chama a atenção para esse problema de saúde.
A incontinência urinária é a perda involuntária de urina, um problema de saúde pública muito comum, porém pouco falado pelas mulheres por vergonha. De acordo com a fisioterapeuta pélvica, Paula Milena, é importante discutir esse problema que causa impactos negativos nas atividades do dia a dia e na qualidade de vida das mulheres.
O Dia da Incontinência Urinária, celebrado nesta sexta-feira (14), chama a atenção para esse problema de saúde que atinge cerca de 80% das mulheres e também pode afetar homens.
Paula Milena destaca que, ao contrário do que muitos pensam, esse problema de saúde pode atingir mulheres em diferentes períodos da vida. Segundo ela, para cada 10 mulheres, oito, em algum momento da vida, terão ou já tiveram incontinência urinária.
“Essa doença é muito mais frequente do que as pessoas imaginam e não ocorre somente no pós-parto, apesar de ser mais frequente nesse período. Durante a gestação, a estrutura do assoalho pélvico, que é a musculatura responsável não só pela sustentação do útero e do feto, é constantemente tensionada e acaba sendo muito utilizada, enfraquecendo. Assim, a incontinência urinária é comum tanto no parto normal quanto no cesariano”, explicou.
A especialista destaca que é importante passar por uma avaliação de fisioterapia e fala sobre os principais fatores que aumentam o risco de incontinência urinária para mulheres que já tiveram filhos.
“São mulheres que não fortaleceram o assoalho pélvico antes de engravidar, porque a gestação é uma sobrecarga e pode enfraquecer a estrutura muscular. Estar acima do peso antes da gestação é outro fator que já representa um sobrepeso. Além disso, fazer muito esforço, como agachamentos incorretos, esforços excessivos e o uso de medicações diuréticas e anti-hipertensivos, também estimulam a incontinência urinária”.
De acordo com Paula Milena, existem diferentes tipos de incontinência urinária. As principais são:
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- Incontinência urinária de esforço – ocorre quando a mulher espirra ou tosse e acaba perdendo urina;
- Incontinência de urgência – acontece quando ela sente vontade e não consegue esperar até chegar ao vaso;
- Incontinência mista – é uma combinação das duas citadas acima;
- Incontinência associada à bexiga hiperativa.
Prevenção e tratamento
A fisioterapia é a principal forma de prevenir e tratar a incontinência urinária, conforme explicou a fisioterapeuta Paula Milena. Segundo ela, existem exercícios que as mulheres podem fazer em casa, mas alerta que eles não devem ser feitos sem uma avaliação profissional prévia, já que nem todas as mulheres podem fazer esses exercícios, além de cada caso ser individualizado.
“A fisioterapia pélvica é fundamental para o tratamento e prevenção. Quando a incontinência urinária tem origem no enfraquecimento da estrutura muscular, nada substitui a fisioterapia pélvica. Quando o músculo está enfraquecido, não existe cirurgia ou medicamento que o fortaleça. Se esse enfraquecimento estiver relacionado a uma flacidez muito grande, aí sim pode ser necessário cirurgia e outros tratamentos associados”, afirmou.
Ela frisou ainda que na maioria dos casos, o tratamento para incontinência urinária é simples e lembrou da importância de as mulheres falarem sobre esse assunto e buscarem ajuda médica ao perceberem algum sinal desse problema de saúde.
“É importante que a gente fale da incontinência urinária sem esse tabu, porque infelizmente os números são enormes. É comum mulheres utilizarem protetor diário ou absorvente porque perdem urina e têm vergonha de falar e buscar tratamento. O tratamento é fácil e necessário”, destacou.
Fonte: Acorda Cidade