Câncer de mama: inteligência artificial ajuda no diagnóstico precoce

A medicina dá mais um passo importante em busca do diagnóstico precoce do câncer de mamaUm estudo publicado no Radiology, o jornal da Sociedade Radiológica da América do Norte (RSNA, na sigla em inglês), mostra que os riscos da doença podem ser identificados mais cedo com a ajuda da inteligência artificial (IA).

O pesquisador Vignesh Arasu, um dos integrantes da tese, revelou ao portal norte-americano Healthline que gostaria de dar aos pacientes uma imagem mais clara dos perigos da doença por meio do estudo.

Unsplash/ReproduçãoFoto colorida de mamografia
Com os avanços de pesquisas usando inteligência artificial, é possível prever os riscos do câncer de mama mais cedo

O resultado mostrou que a inteligência artificial poderia superar um dos modelos clínicos atuais de avaliação e, assim, prever o risco de uma pessoa desenvolver câncer de mama em cinco anos. “Isso sugere que a IA usada sozinha ou combinada com modelos atuais de previsão de risco fornece um novo caminho para o prognóstico de ameaças futuras”, disse Arasu ao Healthline.

Vignesh revelou que a equipe começou a tese identificando mais de 324 mil mulheres que fizeram mamografia na Kaiser Permanente Northern California, em 2016, e não tinham sinais do tumor. Em seguida, os pesquisadores reduziram a análise para um subgrupo aleatório de 13.628 participantes. As pacientes, com idade média de 60 anos, foram acompanhadas até 2021.

“Em seguida, procuramos ver quais desenvolveram câncer de mama entre 2016 e 2021. Descobrimos que havia 4.584 mulheres diagnosticadas com o tumor”, explicou Arasu.

E acrescentou: “Avaliamos cinco algoritmos de inteligência artificial e geramos uma pontuação para as mamografias negativas dessas mulheres de 2016. Essas pontuações são destinadas à detecção de câncer de mama, mas agora avaliamos se elas poderiam prever o risco da doença em cinco anos”.

Embora os resultados sejam promissores, Vignesh afirma que mais estudos sobre o tema são necessários a fim de “tornar os algoritmos ainda mais precisos”.

De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), o câncer de mama é o tumor que mais acomete mulheres no mundo. A neoplasia atinge mais de 2 milhões de pessoas e causa, em média, 627 mil óbitos, segundo a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS).

“A identificação de novos fatores nos ajudaria a identificar mulheres que poderiam se beneficiar de mais exames de câncer com o objetivo de diminuir diagnósticos avançados e mortes por causa da doença”, concluiu Arasu.

Fonte: Metrópoles

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