Cada vez mais comuns, intolerâncias e alergias alimentares se espalham pela população; entenda sobre

Tem se tornado cada vez mais comum conhecer pessoas diagnosticadas com intolerâncias ou alergias alimentares. Não é apenas uma impressão, a sociedade passa por um período de aumento de casos de ambas as hipersensibilidades, que se desenvolvem com maior frequência e facilidade por conta de uma série de fatores, como estilo de vida acelerado e altos picos de estresse.

Outra questão que também influencia no crescimento dessas condições é a exposição constante das pessoas a alimentos processados e ultraprocessados. Em entrevista concedida ao Jornal da Metrópole, Clara Dias, nutricionista clínica, defendeu que esses produtos, assim como a indústria alimentícia, desempenham papel fundamental no aumento de pacientes acometidos por intolerâncias e alergias.

“São utilizadas quantidades enormes de realçadores de sabor, corantes, conservantes… Esses conservantes aumentam o tempo do produto na prateleira, para que o alimento seja conservado sem refrigeramento, com validade de meses, até anos. Imagina o estrago que isso faz no corpo humano, que acaba renegando esses alimentos”, afirmou.

Consequências

Como reflexo desses problemas, para que pessoas alérgicas e intolerantes não precisem se submeter a cardápios restritivos, alternativas “não agressivas” dos alimentos começaram a se tornar populares. Foi aí que outra questão surgiu, a febre dos produtos sem lactose, sem glúten, sem açúcar e outros “vilões” da geladeira.

“Um ingrediente vai ser retirado da composição, mas outro vai ser adicionado para preservar as características do alimento tradicional. Então, vão tirar um açúcar mas vão colocar mais gordura… Para o paciente realmente intolerante isso pode ser estratégico, mas para o consumidor que não tem nada, ele está fazendo uma troca que muitas vezes não é vantajosa e pode ser até pior para sua saúde”, ressaltou a nutricionista.

“Acho que a gente precisa fazer de tudo para acabar com esse terrorismo nutricional, alergias e intolerâncias são coisas sérias, que precisam ser levadas em consideração e respeitadas, não usadas como moda”, concluiu.

Portanto, caso uma pessoa suspeite que sofre com estas condições clínicas, ela não deve se deixar influenciar a comprar produtos que acredita que são benéficos para sua saúde sem antes pesquisar sobre eles e procurar acompanhamento médico. O ideal é que uma dieta de exclusão seja construída adequadamente por um profissional, de forma adaptada à realidade e à rotina do paciente.

Fonte: Metro 1

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