Fazer uso de medicação sem prescrição médica pode representar riscos à saúde
Por Vinicius Viana
É muito comum ter uma “pequena farmácia” em casa. Ela costuma conter remédios para dor e febre, antiácido e até mesmo alguns antiinflamatórios e outros remédios mais específicos. O problema é que muita gente não se dá conta de que o fácil acesso a esses medicamentos pode causar complicações graves para a saúde.
De acordo com o Ministério da Saúde, o uso indiscriminado de medicamentos, sem orientação profissional, pode causar riscos, incluindo graves reações alérgicas e até mesmo óbitos. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que mais de 50% de todos os medicamentos são prescritos, dispensados ou vendidos de forma inadequada. Além disso, a organização afirma que metade de todos os pacientes não faz uso dos medicamentos corretamente.
De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a avaliação sobre o uso do medicamento é feita por profissionais capacitados a partir de critérios técnico-científicos, levando em consideração o paciente e o conhecimento da doença. “Todo medicamento apresenta riscos relacionados ao seu consumo, que deve ser baseado na relação benefício-risco. Ou seja, os benefícios para o paciente devem superar os riscos associados ao uso do produto”, pontua o órgão.
Em entrevista à Tribuna da Bahia, uma jovem de 29 anos, que preferiu não ser identificada, refletiu sobre os riscos que o uso de medicamentos sem prescrição médica pode causar à saúde. “Eu entendo que a automedicação pode ser arriscada, mas acredito que posso lidar com alguns sintomas menores de saúde por conta própria. Algumas situações como dores de cabeça ou dor em alguma parte do corpo podem ser resolvidas de forma. Eu só vou ao médico se o problema persistir por muito tempo”, declarou.
A farmacêutica Fernanda Matos disse que automedicação é uma prática que traz consigo riscos significativos para a saúde das pessoas. “Como farmacêutica, é meu dever alertar sobre os perigos envolvidos nesse comportamento. É fundamental conscientizar as pessoas sobre a importância de buscar ajuda profissional antes de utilizar qualquer medicamento”, completou.
A Tribuna da Bahia entrou em contato com a Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab) para conversar com um porta-voz da área da saúde sobre o assunto, porém não houve resposta até o fechamento desta matéria.